terça-feira, 30 de abril de 2013

''Pivô da NBA faz história e assume ser homossexual''

NOVA YORK - O veterano pivô Jason Collins, que defendeu o Boston Celtics e o Washington Wizards na atual temporada da NBA, se tornou o primeiro atleta em atividade nas quatro maiores ligas esportivas dos Estados Unidos (basquete, hóquei, beisebol e futebol americano) a assumir ser homossexual. Em artigo publicado no site da revista Sports Illustrated, o jogador norte-americano de 34 anos revelou que é gay.

 - Michael Dwyer/AP
Michael Dwyer/AP
"Não tinha a intenção de ser o primeiro atleta assumidamente gay jogando numa equipe de um grande esporte norte-americano. Mas, uma vez que seja eu, fico feliz de iniciar esta discussão", escreveu Jason Collins. No texto, ele também disse que espera que sua iniciativa dê coragem para outros esportistas possam revelar publicamente que são homossexuais. E avisou que deseja continuar sua carreira na NBA.
Ao longo de 12 temporadas na NBA, Jason Collins defendeu seis equipes diferentes (New Jersey Nets, Memphis Grizzlies, Minnesota Timberwolves, Atlanta Hawks, Boston Celtics e Washington Wizards), com médias de 3,6 pontos e 3,8 rebotes por jogo. Envolvido numa troca, ele chegou à equipe da capital em fevereiro, mas seu contrato terminou ao final da temporada regular e agora está com futuro indefinido.
A iniciativa histórica de Jason Collins recebeu apoio imediato dentro do país. Principal dirigente da NBA, David Stern elogiou o veterano pivô por quebrar uma barreira como essa no esporte de elite dos Estados Unidos - até então, apenas ex-atletas já tinham assumido publicamente a homossexualidade. "Estamos orgulhosos de que ele tenha ocupado essa posição de liderança nesse importante tema", afirmou o cartola.
Até mesmo Bill Clinton se manifestou para elogiar o veterano jogador, que foi colega de faculdade da sua filha Chelsea. "O anúncio de Jason é um momento importante para o esporte profissional e para a história da comunidade LGBT", disse o ex-presidente dos Estados Unidos. "Espero que todos, especialmente os colegas de Jason na NBA, a imprensa e seus fãs deem a ele o apoio e o respeito que ele merece." 

''Matheus Solano fará papel de GAY na nova Novela das 21h''

Um gay que não é bonzinho. Uma evangélica que tem passado de periguete. Amor à Vida, a próxima novela das 9 da Globo, de autoria de Walcyr Carrasco, apresenta uma leitura inédita desses dois tipos, pelas interpretações de Mateus Solano e, estreante na casa, da ex-MTV Tatá Werneck. Aliás, Félix, personagem de Solano, não se contenta em abandonar a pecha de gay bacana que povoa os folhetins: ele é mau, muito mau, tem inveja da irmã (Paolla Oliveira) e, o mais inédito nesse retrato noveleiro, é enrustido.

                                            'Estou pesquisando coisas sobre maldade, sobre como alguém é capaz de passar por cima dos outros' - Divulgação
Divulgaçã'Estou pesquisando coisas sobre maldade, sobre como alguém é capaz de passar por cima dos outros'Félix é casado com Bárbara Paz e é pai de uma garota. Filho de Antonio Fagundes, quer derrubar a irmã no poder dos negócios da família, no caso, um hospital. O público perceberá ainda no início da novela que se trata de um marido fechado no armário. Da estreia, no dia 20 de maio, até que os primeiros sinais do dissimulado Félix apareçam, não mais que três capítulos terão se passado. "Mas fui instruído a não falar muito sobre a questão do gay enrustido", diz Solano ao Estado, indicando certo cuidado do comando da novela em permitir que o público o conheça antes pela tela, e não por seu discurso.
"As pessoas estranham o jeito excêntrico do Félix, ele faz piadas fora de hora, faz brincadeiras com a pessoa ali no leito do hospital, e aí dizem: 'Isso é brincadeira que se faça nessa hora?'. E ele fala: 'Ah, gente, brincadeira, só pra descontrair o ambiente'. Ao mesmo tempo, tem essa desconfiança da sexualidade dele, mas que ele quer proteger, ele tem mulher, tem filho. O fato é que essa mulher e esse filho são um álibi para mostrar que ele é um homem de família." Está feito um núcleo que promete causar controvérsias.
Mas elas ainda não vieram, garante o autor, "de maneira alguma, pelo contrário, sinto uma grande curiosidade a respeito do personagem". Carrasco, que está estreando na faixa das 21 h da Globo, conta que a ideia de retratar um homossexual não assumido surgiu "a partir da observação da realidade". "Embora hoje os grupos defensores dos direitos GLBT tenham muita força, isso contribui para dar uma impressão de que 'está tudo bem', o que não é verdade, o preconceito e a discriminação continuam", completa, "e a pior forma de preconceito é a que o indivíduo tem em relação a ele mesmo".
O fato de ser dissimulado sobre sua sexualidade bem poderia ser um indicativo automático do caráter, mas Carrasco foge das generalizações. "Uma novela é uma novela, uma história é uma história. Generalizações devem ficar a cargo de pesquisadores, capazes de quantificar opiniões e formas de comportamento. Estou contando uma história, não falando sobre a humanidade em geral."
Enquanto isso, Solano se põe a observar o mundo à volta. Vem lendo o livro Efeito Lúcifer: "Tô pesquisando coisas sobre maldade, como é que uma pessoa é capaz de passar por cima de tudo e todos pra atingir seus objetivos, como é a sedução pelo poder. É o mal na sua essência, o mal como ferramenta", conta o ator. Já no quesito sexualidade, conta que não é necessário ler ou pesquisar nada. "A própria vida da gente é um laboratório porque o mundo é gay, eu não fui procurar nada sobre homossexualidade porque estamos cheios de exemplos ao nosso lado", ressalta.
Senso de humor. Solano conta que Walcyr criou Félix "muito engraçado, um cara que fala as coisas que quer, do jeito que quer". E adianta que pela primeira vez a Globo vem colocando à disposição de todo o elenco um preparador de ator, Sérgio Pena, durante a novela toda. "Não quero partir disso. Normalmente ele fica só um mês com a gente, agora não: isso vai ser muito produtivo", aposta.
Solano adianta que a novela terá "muitos gays". "Tem casal gay, gente assumida e enrustida. Acho que a homossexualidade vai ser mostrada de uma forma natural, como tem que ser."
Não que essa naturalidade signifique passaporte livre para o tão comentado beijo gay de novela, aquele que sempre ameaça aparecer e nunca vinga. Walcyr dispensa tese sobre o tema. "Não tenho opinião formada. Saberei responder quando as pessoas aceitarem beijos gays nas ruas, nos shoppings, nas empresas", conclui o autor.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Tudo sobre a nova Novela das 21h


O autor Walcyr Carrasco, prestes a estrear sua nova novela, Amor à Vida, em horário nobre na Globo (às 21 h), contou ao Jornal Folha de S. Paulo que pretende debater na trama a união entre pessoas do mesmo sexo, assunto em maior repercussão no momento. O autor, que garante ter pensado no roteiro da novela antes mesmo das polêmicas envolvendo a opinião religiosa do deputado Marco Feliciano (PSC), trará na trama um casal gay, que contrata uma barriga de aluguel, uma mocinha evangélica e ainda outro personagem gay vilão, na qual mostrará o lado maléfico de um homossexual nunca explorado nas novelas. O autor conta que os evangélicos terão espaço na novela, com a personagem da humorista Tatá Werneck. Ele explica que teve um tio que foi pastor da igreja presbiteriana e a única tia viva, irmã de sua mãe, que ainda é evangélica. O autor avalia que existem dois tipos de evangélicos, o que considera tradicional e de igreja radicais. “Os tradicionais costumam ser bem bacanas, e o de algumas igrejas radicais, que insuflam e pedem dinheiro. São esses que fazem muito barulho e escândalo”, analisou ele para a mesma publicação.Walcyr, que define a nova trama como um novelão clássico, quando questionado pela Folha se a novela seria algum tipo de alfinetada ao deputado Marco Feliciano, que enfrenta protestos pedindo sua renúncia na presidência da Comissão dos Direitos Humanos (CDHM), o autor afirma que vem escrevendo a novela faz 1 ano, antes mesmo de Feliciano aparecer na mídia por causa de sua opinião religiosa contra a relação gay. Mas quando falou do personagem vilão da trama, o autor ironizou. “Mas de certa forma é um tipo de personagem que o Feliciano aprovaria, porque não se expõe. É o gay no armário, casado e com filho”, disse ao jornal.
Olha os Tombos!!!